Evolução da Impressão

Um pouco sobre a evolução da impressão gráfica no mundo.

O mundo está cada vez mais visual, seja qual for a direção em que olhamos, nos deparamos com conteúdos chamativos.

Este post tratará das gráficas offsets no Brasil e como elas evoluíram até o presente momento, mas para isso é preciso mostrar a trajetória deste setor até chegar ao Brasil.

As gráficas são responsáveis por auxiliar as empresas no processo de divulgação das marcas e de seus produtos, com a impressão de flyers, cartazes, cartões de visitas, banners e muito mais. Este segmento que muitas das vezes não é valorizado da maneira que merece.

Depois desta pequena pincelada sobre a importância das gráficas no mercado, vamos agora ao seu desenvolvimento ao longo da história da gráfica no mundo.

O mundo antigo e a Gráfica: Mesopotâmia a civilização Babilônica


A data que temos acesso ao que seria uma tentativa primitiva de realizar uma impressão, ocorre na antiguidade, 4000 mil anos antes de Cristo com a civilização da Mesopotâmia. Eles faziam uso de estruturas cilíndricas (ver imagem ao lado), que eram passadas em cima do barro para marcar o material, o resultado era que as imagens esculpidas eram reproduzidas neste material em forma de gravuras.

Arvore da vida – Povo Antigo da Mesopotâmia – mundoeducacao.com.br

Este é um dos primeiros métodos a tentar reproduzir fidedignamente através de forma mecânica. Os babilônicos foram outro povo que também tentou realizar tal feito com seus rolos para selar, criado com materiais nobres em que eram de difícil manuseamento.

Surgimento da Imprensa e seus efeitos no mundo

As formas que os homens tinham para registro era preferencialmente os pergaminhos, feito a partir das peles de animais. Contudo, no século II depois de Cristo surgiu o papel, no qual Ts’ai Lun recebe o crédito pelo invento de tal feito.

Pode-se pensar que a partir da invenção do papel, o crescimento da impressão foi rápido, mas não é isso que a história demonstra. Ainda que houvesse papel, os livros eram raros devido ao seu processo custoso, porque todos as cópias eram feitas à mão, algo que demorava e encarecia o produto final.

No século 15, surge a prensa de Gutenberg, cujo o nome é em referência ao seu criador, Johann Gutenberg. A invenção revolucionou toda a Europa, tornando os livros mais baratos, por causa da sua praticidade e agilidade. A primeira impressão feita foi a Bíblia Sagrada em latim com letras góticas.

Desde o tempo da invenção de Gutenberg até o início do século XVII, não houve grandes mudanças na forma utilizada para impressão. Até que, em 1798, Alois Senefelder criou o sistema de impressão Litográfica em Munique na Alemanha.

Esse sistema utiliza uma pedra porosa com o objetivo de ter uma afinidade com a água para as letras serem marcadas a lápis (também poderia ser pincel) com tintas gordurosas, depois emudece a pedra com água e logo após deveria aplicar a tinta com base gordurosa na superfície da pedra com um rolo.

Após alguns processos, a pedra estaria úmida pela água, com isso, não aceitaria a tinta gordurosa, resultando em áreas com imagens e outras sem imagens. É importante descrever brevemente o processo, porque a impressão tipografica só seria possível futuramente por causa deste sistema cujo nome já explica os métodos, em que no grego Litos = pedra e Grafe = escrever, Litografia.

Tipos (letras de chumbo) utilizados em Impressão tipográfica

A impressão tipográfica, é semelhante a Litográfica, só que aperfeiçoada, com o processo onde se permite trocar os “tipo”, onde previamente eram feitos em chumbo onde eram montados em gabaritos de forma espelhada, o berço era colocado em uma máquina tipo prensa onde a rolagem com tinta passava umedecendo os tipos e logo depois a boca da máquina fechava passando a tinta para o papel, a máquina exigia muita habilidade de seus operadores, este processo ainda é utilizado nos dias de hoje.

Litográfica e Offset. Um dos diferencias é, enquanto a Litográfica tem um sistema de impressão direto, a Offset realiza de maneira indireta.

Esta tecnologia foi criada pelo americano Ira Washington Rubel, era um litógrafo de Nova Jersey, também foi patenteado pelo alemão Caspar Hermann, de Baltimore, Maryland, ambos nos Estados Unidos. Infelizmente está máquina não veio imediatamente para o Brasil, apenas chegou ao país tropical na década de 1920. A companhia Lithographica Ferreira Pinto, do Rio de Janeiro foi a primeira a importar uma impressora offset no Brasil, na época esta empresa atendia praticamente apenas a fábrica de cigarros Souza Cruz. Não demorou muito para uma empresa do estado de São Paulo importar o equipamento, em 1924, a Gráfica e Editora Monteiro lobato também entrou para o mercado, sendo o primeiro do setor paulista e o segundo no Brasil.

Gráficas Offset da metade do século XX aos dias atuais

Ano de 1953 – www.Jornaldocomercio.com.br

Ainda que não houvesse incentivos por parte do governo no setor, o setor cresceu.
Na década de 1950 e 1960 mostrou um crescimento considerado quando as gráficas editoriais entraram de vez no offset, assim como a imprensa logo em seguida também adotou o equipamento, começando pela A Folha de São Paulo, primeira na América do Sul a utilizar máquinas offset de grande porte. O setor desde então não parou de crescer, da metade do século XX até o final do milênio, inúmeras gráficas surgiram, cada dia mais empresas adotavam o método offset, pela versatilidade e velocidade das máquina, então houve de fato uma verdadeira revolução, o mercado já não era mais o mesmo, a imprensa conseguia entregar as notícias impressas diárias cada vez mais rápido, as empresas começavam então a investir em propaganda, jornais e revistas fazendo assim o mercado crescer cada vez mais.

Impressão em Máquinas Offset e seus processos.

Impressora Offset

A impressora offset trabalha com a escala CMYK, onde são gerados fotolitos com separação de cores, e em seguida são queimadas as chapas. Nos processos mais modernos as chapas são geradas direto em modo CTP (computer-to-plate) onde são gravadas direto por lasers dispensando assim os fotolitos.
As chapas são geradas em forma de matriz divididas por cores enviadas para gravação direta do PC como uma impressão digital.

Após o tratamento das chapas elas são colocada na impressora offset cada chapa em sua respectiva bateria, nas máquinas quatro cores (com quatro baterias) a impressão em policromia sai pronta, nas máquinas mono é necessário passar o trabalho na máquina por quatro vezes, trocando chapas e tintas da escala CMYK deixando a produção muito mais demorada.

Baterias de cores da offset

Após a colocação das chapas elas recebem suas respectivas tintas, acontece então a repulsão entre a água e a tinta que é a base de óleo mineral.
A chapa é molhada então recebe a tinta, como a tinta não se mistura com a água ela não adere nas partes sem a gravação da imagem. A água limpa a chapa e faz a repulsão do óleo fazendo com que apenas a tinta seja transferida para a banqueta de borracha que transfere a imagem para o papel, com a blanqueta é de borracha ela é prensada de forma cilíndrica contra o papel transferindo então a imagem de forma uniforme.
Este processo se repete nas quatro cores, onde os primeiras folhas impressas são de ajustes, onde são feitos os registros para que as cores fiquem casando perfeitamente, neste processo pode se gastar muitas impressões, por isso não é viável se imprimir pequenas tiragens em offset, por conta das matrizes (chapas) e ajustes, chamamos estes ajustes de “entrada de máquina”.

Impressão Digital

A Impressão no processo digital tem muitas vertentes, consiste em enviar uma impressão à um dispositivo eletrônico de impressão ligado a um computador fazendo então uma impressão direta.
Existem muitas técnicas diferentes, mas este é um assunto para outro artigo.

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Marcelo Giovanelli

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